Exposição Fotográfica percorre o Baixo Guadiana de Fevereiro a Maio.


A aposta é no território e o objectivo é dar a conhecer a residentes e visitantes a herança histórica dos concelhos de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António. A organização é da Associação Odiana e dos três municípios que até ao final de 2010 prepararam um leque de actividades dinamizadoras no âmbito da exposição regional «Algarve do Reino à Região»; uma iniciativa da Rede de Museus do Algarve que abordou os últimos mil anos da história algarvia.
Agora surge, e para ultimar a iniciativa, a exposição itinerante que compila o acervo fotográfico cujos temas recaíam sobre o Património Construído (Monumentos, Urbanismo, Arquitectura) e Património Natural (Natureza, Rio, Serra e Paisagem). O concurso fotográfico teve como principal objectivo a dinamização das exposições «Alcoutim, Terra de Fronteira», «Castro Marim, Baluarte Defensivo do Algarve» e «VRSA e o Urbanismo iluminista». 
A exposição inicia viagem em Alcoutim já no dia 3 de Fevereiro até 28 na Casa dos Condes; segue depois para a Biblioteca Municipal de Castro Marim de 7 de Março a 1 de Abril; termina a itinerância na cidade pombalina desde 6 de Abril até 6 de Maio no Arquivo Histórico Municipal. Após recepção de 92 fotografias foram seleccionadas 31 fotografias dedicadas ao Baixo Guadiana para integrar esta exposição itinerante.


Concurso «Três Municípios por Uma Região» - 2010

Na passada Sexta-feira, dia 5 de Novembro, reuniu o júri do concurso «Três Municípios por Uma Região», que analisou 92 fotografias apresentadas por 19 concorrentes. O júri foi constituído por Carlos Afonso e Agostinho Gomes, nomeadamente Presidente e Secretário da Associação «umquartoescuro» de Fotógrafos Amadores de Vila Real de Santo António e por Júlio Cardoso, técnico de Turismo da Câmara Municipal de Alcoutim.

1º Prémio



«Céu na Terra» - Odeleite, Castro Marim. Autor: Paulo Batista, Sebal

2º Prémio


 
Sem título – Alcoutim. Autor: Ana Lopes, Vila Real de Santo António

3º Prémio



Sem Título – Castro Marim. Autor: Paulo Cavaco, Vila Real de Santo António

Menção Honrosa


«Olhar» - Cacela Velha, VRSA. Autor: Maria de Fátima Afonso, VRSA Vila Real de Santo António

Menção Honrosa


«Fortaleza» - Castro Marim. Autor: Ana Oliveira, Condeixa

Exposição do Concurso de Fotografia

Foram seleccionadas 31 fotografias (incluindo vencedoras e menções honrosas), que serão expostas numa exposição itinerante que vai percorrer Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António durante três meses. Falta data para um dos concelhos, sendo que na inauguração da exposição serão entregues os respectivos prémios aos vencedores, ainda em data a designar.

Fotografias para Exposição:

Autores:

Ana Lopes - 3
Ana Rita Oliveira – 2
Betina Silva – 2
Elena Pavlova – 4
Helena Rodrigues - 3
Hugo Esteves - 3
Hugo Moreira – 2
Margarida Diniz – 1
Maria de Fátima Afonso – 2
Nuno Fernandes – 2
Paulo Batista – 2
Paulo Cavaco - 3
Verónica Cabrita -2



O projecto

“Algarve – Do Reino à Região”



O Projecto “Algarve – Do Reino à Região” nasce de uma iniciativa da Rede de Museus do Algarve – RMA que promove uma actividade conjunta onde, pela primeira vez, se abordam os últimos mil anos da história e da cultura algarvia. “Algarve – Do Reino à Região” abarcando a herança material e espiritual que, do Gharb al-Andalus à actualidade, tem vindo a moldar e caracterizar a identidade deste território, no sul de Portugal.

Trata-se de uma exposição estruturada em 13 exposições - tema, que decorrem em simultâneo, que se articulam e complementam, distribuídas pelos vários centros urbanos - Albufeira, Alcoutim, Castro Marim, Faro, Lagos, Loulé, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Silves, Tavira e Vila Real de Santo António -, numa cooperação pioneira entre autarquias, museus, instituições sociais, universidades, centros de investigação, especialistas de diferentes áreas científicas e culturais (museologia, arqueologia, arquitectura, história, geografia, sociologia, antropologia, etnologia) e as populações dos vários municípios algarvios.




A Exposição
«Vila Real de Santo António e o Urbanismo Iluminista»



“Numa época que se pretendeu iluminada pelas “Luzes da Razão”, a edificação de Vila Real de Santo António pode ser vista como o coroar do grande projecto reformador pombalino. A nova “vila regular” foi pensada de raiz, como um todo coerente, formalmente acabado, onde nenhum detalhe foi deixado ao acaso. Numa primeira fase, edificou-se a fachada da vila, voltada a Espanha e a parte mais relevante do conjunto urbanístico. É constituída, ao centro, pelo edifício da Alfândega, o mais importante de toda a vila e onde estavam colocadas as Armas Reais, ladeado pelas Sociedades de Pescarias e pelos dois Torreões limítrofes.
O segundo espaço urbanisticamente mais importante na composição da vila é a Praça Real, centro cívico e comercial, centralizado por um obelisco encimado por uma coroa que simboliza o poder régio, e na qual se localizam: a nascente, a Casa da Câmara e Cadeia; a sul, o Corpo da Guarda; e a norte, a Igreja. A fachada da vila e a praça são, sem dúvida, os espaços urbanisticamente mais emblemáticos e os únicos que apresentam edifícios de dois pisos. A restante vila é constituída por quarteirões térreos essencialmente destinados à função primordial de transformação do pescado e à habitação. Toda a vila se encontra organizada como uma autêntica vila-fábrica, projectada para funcionar como uma enorme unidade manufactureira, capaz de processar o pescado capturado na costa algarvia e possibilitar um rápido escoamento do produto.
Vila Real de Santo António configura-se, por conseguinte, como uma cidade ideal do Iluminismo, pois que tem por base um processo de profunda racionalização em que toda a urbe foi pensada previamente e ao pormenor, e porque consegue cumprir simultaneamente dois objectivos fundamentais: o controlo do negócio das pescarias e a afirmação absolutista do poder régio. Alia, assim sendo, a função económica à função ideológica e política, o que faz de Vila Real de Santo António um exemplo único no panorama urbanístico português, incomparável a qualquer outra obra da mesma época. É, por excelência, a Cidade do Iluminismo em Portugal.”
In Catálogo da exposição «Vila Real de Santo António e o Urbanismo Iluminista».





A exposição «Vila Real de Santo António e o Urbanismo Iluminista» ocorre no centro histórico da cidade e está dividida em IV núcleos:
Apresentação da Exposição – Largo Lutegarda Guimarães de Caíres.
I) Na Margem direita do Guadiana face a Espanha – Avenida da República.
II) A fundação de Vila Real de Santo António – Rua da Princesa, junto à Câmara Municipal.
III) Vila Real de Santo António e o Urbanismo Iluminista - Praça Marquês de Pombal /projecção multimédia na fachada da Igreja Matriz.
IV) Entre o Guadiana e o Mar: o desenvolvimento económico – Largo António Aleixo.

Vila Real de Santo António convida o público a uma visita à exposição «Vila Real de Santo António e o Urbanismo Iluminista», bem como a conhecer o seu património, matriz cultural e a evolução histórica da sua comunidade.

Três Municípios por uma Região

O pequeno “Reino do Algarve” foi disputado entre Castela e Portugal até que em 1267, pelo Tratado de Badajoz, ficou definitivamente incorporado na Monarquia Portuguesa. Os reis de Portugal, desde D. Afonso III, passaram então a intitular-se também reis do Algarve, até que pela Revolução de 5 de Outubro de 1910 – cujo centenário se celebra – o “Reino do Algarve” se tornou uma “Região” da República Portuguesa.
“Reino” durante quase seis séculos e meio, “Região” desde há exactamente um século, sempre todavia o Algarve manteve uma individualidade inconfundível e distinta adentro do restante Portugal Continental. Com efeito, o rectângulo algarvio demarca-se perfeitamente a norte pelas serras que de Odeceixe ao Vascão o separam do Alentejo; a oeste e a sul pelas costas ora de arribas escarpadas ora arenosas que abrem para o grande mar Atlântico e são antecâmara do Mediterrâneo; e a leste pelo Guadiana, linha de fronteira com Espanha.
Terras de fronteira são assim Alcoutim, Castro Marim, Vila Real de Santo António. Cada qual com suas especificidades, essa comum condição fronteiriça confere-lhes comunidade de destino. Praças militares e baluartes defensivos foram Alcoutim, a montante da foz do Guadiana, e Castro Marim, já perto dela, sem que todavia deixassem de ser focos de intenso intercâmbio de pessoas e mercadorias com a outra margem do rio. Por seu turno Vila Real de Santo António reflecte em novos moldes essa dupla tensão defensiva e comercial. Vilas medievais as duas primeiras, cidade iluminista a última, todas três se definem pelo Guadiana e, neste limiar da segunda década do século XXI, todas três concorrem decisivamente para que o nosso magnífico rio peninsular se reconduza à sua lídima vocação de via natural de comunicação e agente propulsor do progresso económico, social e cultural.

Comissário científico das exposições
António Rosa Mendes

REGULAMENTO DO CONCURSO DE FOTOGRAFIA




ENQUADRAMENTO

O concurso “3 Municípios por uma Região”, integra-se na exposição polinucleada "Algarve - Do Reino à Região" e é organizado pelas Câmaras Municipais de Alcoutim, Castro Marim e VRSA e pela Associação Odiana.



OBJECTIVOS


O concurso tem como objectivo a dinamização das exposições « Alcoutim, Terra de Fronteira», «Castro Marim, Baluarte Defensivo do Algarve» e «Vila Real de Santo António e o Urbanismo iluminista», ao mesmo tempo que promove o Património Cultural da região do Baixo Guadiana, nas diferentes temáticas.

Art° Primeiro
(Participantes)


a) O concurso é aberto a todos os fotógrafos amadores e profissionais.
b) Aos membros do júri é vedada a participação bem como aos seus familiares directos.
c) As inscrições deverão ser enviadas para a Associação Odiana com os seguintes dados: Nome, Morada, telemóvel ou telefone e email.

Art° Segundo
(Tema)


a) Os temas do concurso são:

- Património Construído (Monumentos, Urbanismo, Arquitectura)
- Património Natural (Natureza, Rio, Serra, Paisagem)

Todas as fotografias terão, obrigatoriamente, que ser captadas nos concelhos participantes.

Art° Terceiro
(Fotografias)



a) Os trabalhos poderão ser a cores e/ou a preto e branco.
b) Cada participante deve apresentar a concurso no máximo até 2 fotografias por cada concelho (6 no total)
c) Só serão aceites trabalhos que não tenham sido premiados noutros concursos.
d) As fotografias deverão ser apresentadas com formato de 20x30 cm em papel de fotografia.
e) As fotografias deverão ser entregues em sobrescrito fechado, em cujo o exterior figurará apenas o pseudónimo do concorrente. No verso de cada trabalho deverá constar em letra legível o título do trabalho, o pseudónimo e a indicação do local de recolha da imagem.
f) Juntamente com as fotografias deverá ser entregue um sobrescrito fechado contendo o nome, idade, profissão, morada, e-mail (caso possua) e número de telefone do concorrente e no exterior a indicação do pseudónimo.

Art° Quarto
(Prazo de entrega)


a) As fotografias poderão ser entregues em mão ou por correio em carta registada, até 28 de Setembro de 2010, para:

Associação Odiana
Rua 25 de Abril - n.º 1
8950 - 909
Apartado 21 – Castro Marim

Art° Quinto
(Júri)


a) O júri será constituído por 3 elementos:
1 representante de cada município (Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António).
b) O Presidente do júri terá voto de qualidade e será designado entre os 3 elementos que o compõem.
c) A decisão do júri é final e irrevogável não cabendo recurso.

Art° Sexto
(Prémios)


a) Os prémios a atribuir são os seguintes:

• 1º Prémio | 250 €
• 2º Prémio | 150 €
• 3º Prémio | 100 €

b) Os prémios serão entregues em data a designar.
c) Serão seleccionadas entre 35 a 40 fotografias para participar numa exposição itinerante que decorrerá nos concelhos de Vila Real de Santo António, Castro Marim e Alcoutim em datas a definir.
d) Todos os concorrentes receberão um certificado de participação.

Art° Sétimo
(Divulgação)


a) As fotografias apresentadas a concurso e seleccionadas pelo júri, serão objecto de exposição em locais a designar nos três concelhos envolvidos.
b) Os resultados serão divulgados através do site da Associação Odiana (www.odiana.pt)e do blog (www.3mpur.blogspot.com)

Art° Oitavo
(Disposições finais)


a) A organização reserva-se o direito de expor, publicar ou reproduzir quaisquer das fotografias premiadas, salvaguardando sempre a indicação do autor (as publicações nunca serão de vínculo comercial, ou seja, sempre que for editada alguma publicação utilizando alguma fotografia do concurso será sempre indicada a autoria e será sempre distribuída gratuitamente procurando sempre, e apenas, promover a região do Baixo Guadiana.
b) As fotografias não premiadas poderão ser levantadas pelos respectivos autores, durante um período de 60 dias a partir de 1 de Outubro de 2010. Fim dessa data, as fotografias revertem para o acervo Associação Odiana.
d) A apresentação das fotografias pressupõe a plena aceitação do presente regulamento.
e) O concurso só se considera válido se houver no mínimo 15 participantes.

Art° Nono
(Diversos)


a) Os casos omissos do presente regulamento serão resolvidos pelo júri.